1. |
Pelo Sol
03:30
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Já que você sabe onde quer chegar
Vá pelo sol, tire a roupa
Não perca isso, ou a sua manhã
Apodrecerá tua maçã
Dia de sol, sal, criatura
abre-se a porta para ternura
e o tempo corre como um furacão
Gira a poeira de seu pião
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2. |
Leito
03:10
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Leito
Quando pensa que é mar torna rio
Lambe o leito que amanhece frio
Vira tudo da água pro vinho
Quarto vazio enfeitado de ar
Forja as margens e o que mais vier
Gira os sonhos e a ponta do pé
No colo da pedra
No templo do tempo
O que encaracola é concha ou é mar
A trama da colcha
A língua na teia
Na alcova do corpo
A taça do vento
Corre o rio qual sangue na veia
Rasga as vias do leito,
Incendeia
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3. |
Faca na Foca
02:22
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Foi vento que trouxe do mar o amar
Faca na pele da foca
E não se deteve na terra
filha de algum lugar
sábia beleza a bailar
O homem que não pode compreender
o canto da concha do mar de amar
feriu o tempo
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4. |
Mendigo
03:04
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Neste chão onde me aqueço
Vivo em busca de paz
passam por mim sem olhar
E os que olham pensam: Satanás
Por que será que este povo
caminham olhando pro chão?
Chão onde me aqueço
aonde consigo meu pão
Olho para o lado e vejo
nasce um novo consumidor
em busca do prazer
querendo poder
Ah, que vontade de morrer
Em busca do prazer
querendo o poder
Ah, como eu queria ter
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5. |
Porvir
03:01
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Nas folhas de uma árvore
o vento passa
como se não fosse passar
e eu volto para o quarto
pensando nas dores do parto
daqueles que não tem lar
Andando e olhando
as paredes de casa
tem dias que o tempo voa
quase sem se notar
e as crianças vão para rua brincar
A semana no final está
a fruta pequena cresceu
e a dor do parto
não desapareceu
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6. |
Medieval
03:18
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7. |
Ao espaço
04:13
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Ela correrá , ela correrá
até a sola do sapato se gastar
ela correrá, ela correrá
fazendo a pele em poeira ir pro ar
até o fim da vida, até o fim da linha
até um lá que nunca está
até desfalecer, até pender sem força
até se desmontar
Cada passo da moça,
sendo cada parte da moça,
sendo cada lasca da moça
no espaço
Como se cada membro
se tornasse um astro
ela ascende ao céu
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8. |
A câmera
02:42
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Há uma câmera me olhando
pregada no sol
Há uma câmera me olhando
Onipresente sol
De noite é vala à beça
do outro lado do bloco
Mas volta a me mirar
mas voltam a me mirar
com seu olho profundo
Fundo, fundo, fundo
profano, profundo, profundo
entrei em você
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Arthus Fochi Rio De Janeiro, Brazil
Arthus Fochi, compositor, poeta, e intérprete do Rio de Janeiro. Desde 2007 investiga ritmos da América do Sul, em viagens e residências artísticas realizadas - destas investigações procura fusionar com o jazz, o rock, além da música brasileira, traçando diálogos entre o folclórico e o moderno, o campesino e o urbano. ... more
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